30 de out. de 2008

ELO Group deixa a Incubadora !

da Revista Fator... é um ótimo estimulo para mostrar que com boas idéias e muito trabalho é possível criar empreendimentos muito bacanas...

29/10/2008 - 10:33

ELO Group deixa a Incubadora da Coppe e prevê crescimento de 500%

Com passagem em tempo recorde pela Incubadora, consultoria em gestão de riscos e processos conta com uma carteira de clientes de peso, como Vale e Petrobras.

Um dos indicativos de que as metas de uma Incubadora estão sendo alcançadas é a graduação das empresas. Criada por cinco mestres em Engenharia de Produção, a ELO Group originou-se de um spin-off do Grupo de Produção Integrada da COPPE/UFRJ, um dos mais renomados grupos acadêmicos em gestão empresarial do país. Residente na Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ desde março de 2007, a ELO acaba de se graduar após curta passagem pela Incubadora, que pode abrigar empresas por até três anos.

“Depois de um ano e meio, nos sentimos preparados para passar para uma nova etapa, mais independente”, conta Leandro Jesus, um dos sócios da ELO, que ainda ressalta o relacionamento construído com grupos de pesquisa no Brasil, EUA e Europa como um dos principais fatores para este sucesso. Para Regina Faria, gerente da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, a ELO é um bom exemplo de que o capital intelectual é capaz de gerar negócios de futuro.

A empresa deixa a Incubadora com um balanço bastante positivo e um futuro promissor. Já no segundo ano de atuação, a ELO espera alcançar um faturamento 500% superior ao ano passado. Hoje, a empresa conta com uma carteira de mais de 30 clientes. Entre as principais empresas que já trabalharam com a ELO, estão Petrobras, Vale, Nossa Caixa, Andrade Gutierrez, Furnas, Souza Cruz, ONS e Prudential.

Instalada em nobre endereço no Centro do Rio, a ELO prevê, até meados de 2009, abrir escritórios em São Paulo e Brasília para melhor atender aos clientes que já conquistou nestes estados. E a perspectiva é crescer ainda mais nos próximos meses. “Desenvolvemos um portal de conteúdo de Governança, Riscos e Compliance, e até o final do ano, iremos lançar nossa tecnologia em Governança e Inteligência de Processos”, conta Leandro.

O foco de atuação da ELO são companhias de médio e grande porte que demandam soluções de gestão customizadas. Os principais segmentos que a empresa desenvolve soluções são: seguros, telecomunicações, finanças, mineração, petróleo e gás, construção, manufatura, varejo, petroquímica, biofármacos, propaganda e mídia, governo.

27 de out. de 2008

Explicando Conceitos: Cauda Longa


Olá! Seguindo a série explicativa sobre conceitos importantes de inovação, mando uma apresentação sobre o conceito Cauda Longa, expero que gostem!
Abraços


Conceito Cauda Longa
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19 de out. de 2008

Capitalismo Criativo!


Esse é o nome que Bill Gates vem chamando, e pregando por aí!!, as idéias de inovação na base da pirâmide. Na revista época negócios deste mês tem uma reportagem sobre o tema. São quase 30 páginas e o texto é agradável de ler. Apesar de não ter nada de novo para quem acompanha a literatura sobre inovação, o quadro "a nova onda da baixa renda" tem alguns exemplos interessantes e apresentam também uma reportagem com o Prahalad. 
De forma geral, gostei da revista. E olha que só comprei pois esqueci de levar um livro para São Paulo e não tinha o que ler no avião. Eu só tinha lido a revista uma vez e na ocasião me limitei a uma reportagem. Confesso que nunca havia dado importância por achar que era mais uma Exame... Fiquei impressionado com o tom positivo, que aposta em um capitalismo pra frente, que busca a inovação, que quer fazer a coisa andar... atualmente isso tem uma importância!... 
Além desta reportagem sobre o capitalismo criativo, tem uma reportagem interessante com o Woz, fundador da Apple e o grande gênio dos computadores por trás de Steve Jobs. Esse é um cara que eu gostaria de conhecer, um inventor de primeira e com idéias bastante heterodoxas relacionadas às suas invenções, Apple, Jobs etc.. Já até encomendei a biografia dele. Obviamente comentarei sobre ela em outro momento.

Até a próxima!

15 de out. de 2008

XI Encontro REPICT


Começa na próxima segunda o XI encontro REPICT. Tenho ido ao evento nos últimos anos e posso afirmar que está cada vez melhor. Ano passado participei de uma das mesas e pela quantidade de pessoas presentes no encontro pude constatar que esse tema da Propriedade Intelectual está de fato ganhando sua devida importância tanto nas Universidades quanto nas empresas. Outra tendência interessante que observei no evento do ano passado foi a maior presença de empresas privadas, o que mostra que as discussões de open innovation, redes entre Universidade e empresas estão realmente se estabelecendo mais e mais. Este ano, estarei lá e apresentarei parte de um dos mini-cursos, falando sobre redes de P&D, alguns desafios na sua gestão e discutindo alguns modelos de gerenciamento e orquestração destas. Após o evento disponibilizarei o material de minha aula aqui no blog.

Até a próxima!

13 de out. de 2008

Cauda Longa


O conceito de Cauda Longa foi popularizado pelo editor-chefe da revista Wired Chris Anderson em artigo de 2004. Em 2006, o autor lançou um livro de mesmo nome (já traduzido para português), que foi best seller e causou grande impacto no mundo dos negócios.
O termo é baseado nas distribuições de dados da curva de Pareto (vide figura), que possuem prolongamento horizontal muito comprido em relação ao prolongamento vertical. Para o autor, o consumo de produtos costuma seguir um padrão semelhante ao da curva, com poucos produtos sendo muito consumidos (os chamados produtos hits) e muitos produtos sendo pouco consumidos (os não-hits).

Em geral, o número de produtos existentes em um mercado é muito maior do que aqueles que chegam às prateleiras. Isto ocorre porque ao escolher quais produtos vão ser comercializados, as lojas têm um custo de oportunidade relacionado à escolha dos mesmos. Ou seja, como certos produtos serão mais lucrativos do que outros, o objetivo da loja é, dentro das restrições físicas de estocagem, disponibilizar apenas os produtos que lhe trarão maiores lucros.
Contudo, a internet possibilita outra abordagem nas vendas. Como não há a restrição das prateleiras, é possível oferecer um número de produtos muito maior. Contrariamente à estrutura das lojas físicas, onde os hits representam a maior parte dos lucros, na internet surge espaço para produtos não-hits competirem praticamente em condições iguais aos hits.
Pense por exemplo numa loja de CDs tradicional. Seu estoque, em termos de faixas musicais provavelmente não chega a 10% do número de faixas disponíveis no iTunes (mais de 1 milhão). O motivo do iTunes poder oferecer um estoque tão gigantesco é porque produtos físicos possuem características diferentes de produtos digitais. Para comercializar produtos físicos, devem ser consideradas diversas restrições, como custos de armazenamento, embalagens, margem de varejo, distribuição, etc. Quando estes produtos podem ser vendidos na forma digital, como mp3, vídeos ou notícias, a possibilidade de oferta cresce enormemente, pois estes custos se tornam nulos ou tendem a zero (pense no custo de armazenar uma nova música para iTunes, irrisório). Além do mais, produtos digitais podem ser replicados indefinidamente.
O conceito de Cauda Longa prevê uma migração no consumo de produtos hits para produtos de nicho, e sugere que estes últimos podem gerar grande lucro (ainda que ele diga que isto não significa o fim dos hits). Chris Anderson cita vários exemplos de sucesso como a Amazon, Netflix e Rhapsody, onde grande parte dos lucros (mais de 25%) obtidos com vendas é originária de produtos que não estão disponíveis nas lojas tradicionais, físicas.
O grande desafio para as empresas neste contexto é como explorar lucrativamente esta nova lógica de vendas. Três pontos são centrais para uma estratégia baseada na Cauda Longa:
1. Ofereça o máximo possível
O barateamento das tecnologias de produção, como computadores, máquinas fotográficas, filmadoras, softwares, aumenta imensamente o número de produtores. Hoje qualquer um pode gravar um documentário e colocá-lo no Youtube por exemplo. Isto resulta num alongamento da cauda no eixo horizontal. Com uma grande oferta disponível, mais nichos de mercado podem ser atendidos, a um custo incremental quase zero. Mesmo produtos que nunca sejam vendidos praticamente não acarretarão em prejuízos, pois o custo de armazenamento tende a zero. Portanto, a primeira medida é armazenar o máximo para oferecer grande variedade ao consumidor.
2. Diminua o preço
Sem os custos tradicionais de armazenamento, distribuição, etc, o custo incremental de novos produtos virtuais é cada vez mais desprezível. Surge então a possibilidade de repassar esse desconto aos consumidores. Mas não é só isso. O crescimento das alternativas de lucro indireto (como publicidade) permite que o desconto para os consumidores possa ser ainda maior. No limite, torna-se possível oferecer gratuitamente os produtos e lucrar com o grande tráfego de usuários conectados e expostos à publicidade do site (outros meios de lucro seriam assinaturas “premium”, subsídios cruzados, valorização da marca, etc).
3. Me ajude a achar
Frente a uma variedade imensa de produtos, o consumidor tem que dispor de um mecanismo de busca que o permita, de forma eficiente, encontrar aquilo que deseja. Além disso, os mecanismos de busca devem ser inteligentes o suficiente a ponto de sugerir outros produtos com alta probabilidade de aceitação para este cliente. Ou seja, os algoritmos desempenham um papel muito importante na alavancagem de produtos não-hits ao sugeri-los em conjunto com itens hits. Os produtos de nicho ganham assim popularidade e geram lucros antes impensáveis. Sistemas de recomendação têm sido a chave no aperfeiçoamento dos algoritmos, pois os próprios clientes opinam e tornam o algoritmo mais aprimorado.

Comentem!
Abraços!

12 de out. de 2008

Inovar.... não tem nada de novo!

O mundo é complexo, não precisa dizer.
Pois bem... os economistas tentam, faz tempo, entender e explicar como funciona a economia. Ainda não conseguiram, como também é fácil de compreender lendo as manchetes de jornais recentes. Afinal de contas, a crise (crise? que crise?) está aí para não deixar dúvidas. Mais uma vez, a bolha se repete. Ou seja, não aprendemos, coletivamente, como funciona a economia.
Entretanto, temos boas pistas sobre como funcionam a economia e o tal de capitalismo. Mais do que os modelos macroeconômicos, no geral simplificações grosseiras da realidade, muito grosseiras, que pouco explicam, as contribuições (i) da sociologia, (ii) das ciências da computação - e dos estudos empíricos com micro dados e (iii) dos estudos cognitivos são alvissareiros para o futuro da Economia.
Há muito (quase um século) sabemos, contudo, que a firma não é uma mera função de conversão de fatores de produção em produtos. Sabemos também, como ensinou Schumpeter (leiam a resenha do Rafael sobre a biografia desse escrita por McCraw), que o 'capitalismo se reinventa', sempre. Daí, a importância da tal 'inovação'. Mas vamos lá... não há nada de novo nisso! Não há nada de novo em saber que o capitalismo se reinvente, o livro de Schumpeter é de 1942. Muito, menos, no fenômeno da 'inovação' em si; foi a partir da análise da história econômica que Schumpeter chegou a esse insight. Ou seja... sempre foi assim!
Será?
Inovar é fazer algo novo, que tenha valor econômico. Simples como tal! Um novo produto, uma nova forma de fazer negócios, um novo processo etc. Ou seja, diz respeito a 'fazer coisas que não eram feitas antes' ou 'fazer as coisas de uma forma como não eram feitas antes'.
Criar e destruir estão na essência do capitalismo. Destruir não fisicamente, mas economicamente. Ou seja, tornar uma solução (produto, processo, idéia, empresa...) obsoleta por sua incapacidade de oferecer desempenho igual ou superior a uma nova 'solução'. A questão chave da inovação, pois, é o seu caráter dinâmico. Ou seja, inovação é algo que acontece no tempo. Alguém cria algo novo, que vira padrão/comum e, em algum momento no futuro, poderá ser suplantado por outra, de desempenho superior (para quem?).
Mas por que, então, tanto escutamos sobre a tal da inovação? O que há de novo nisso?
Existem três possibilidades de resposta, não excludentes. A primeira diz respeito ao estágio atual do capitalismo. A segunda, a nossa capacidade de compreender os fenômenos econômicos. A terceira, ao capitalismo em si.
E vamos às idéias/elocubrações....

[1] O estágio atual do capitalismo
É fato: a economia é cada vez mais complexa. A variedade de produtos é cada vez maior e existem novas funções a serem realizadas. Assim, aumenta a especialização do trabalho e se acentua a sua divisão social, surgem novos atores, tipos de empresas e instituições (de defesa da concorrência, regulação, promoção comercial etc.), cresce a importância das 'atividades imateriais' (design, gestão de marcas e cadeias de distribuição, projeto de modelos de negócios etc.) para as empresas, reconfiguram-se as relações de dependência entre diferentes tipos de empresas e países, novas competências e perfis profissionais se fazem necessários etc.
Neste cenário, a inovação é chave. Nos mercados maduros, para que seja possível desenvolver produtos adaptados para clientes e segmentos específicos de mercado. Este é 'o caminho' para que as empresas possam crescer vendas: diferenciação. Nos mercados emergentes, a necessidade de inovação surge da necessidade de desenvolver produtos adequados a esses mercados (produtos diferenciados, adaptados a essas necessidades), que paresentam características peculiares.

[2] A compreensão dos fenômenos econômicos
Hoje, sabemos mais sobre como funciona a economia do que no passado. Uma avanço importante na compreensão do funcionamento economia é possível a partir das pesquisas empíricas com uso de microdados de empresas.
Trata-se de campo novo. Primeiro, porque o trabalho com grandes massas de dados exige elevado poder computacional, de armazenagem e processamento de dados. Segundo, porque os construtos, estratégias e métodos de pesquisa ainda estão em desenvolvimento.
No Brasil, temos avanços importantes. Pesquisas com microdados do IPEA, representando 97,5% da transformação industrial brasileira, nos permitem afirmar com segurança: as empresas que inovam e diferenciam produtos faturam mais, são mais produtivas, exportam mais, crescem mais, geram mais e melhores empregos.

[3] O capitalismo em si
Ora... promover a inovação faz parte dos negócios! Há um mercado para a inovação. São muitas as oportunidades de negócios associadas à inovação: consultoria, jornalismo especializado, realização de eventos, treinamento, networking, pesquisa, desenvolvimento de método, promoção e divulgação.
A cada nova necessidade do mundo dos negócios, reconfigura-se um novo ecosistema de negócios associado. Alguém irá (inovar?) e aproveitar economicamente as novas oportunidades que surgem.

Como síntese, vale notar que surgem no cenário organizações (empresas, ONGs) que se especializam em fazer inovação ou gerir a inovação. Ou seja, se há necessidade de inovar e inovação tem sentido econômico, compreendemos isso e sabemos que a gestão da inovação se tornou algo complexo em si, aparecem organizações cujo 'negócio' é a inovação!

E assim o capitalismo vai...

Boas inovações!

8 de out. de 2008

NOVA SÉRIE ! Explicando Conceitos: Inovação Disruptiva

Este post inaugura uma nova série que passaremos a publicar semanalmente aqui no labinove. 
A idéia é passar de forma simples e ilustrada, o entendimento do conceito, a lógica pela qual pode ser aplicado e apresentar alguns exemplos.
O primeiro conceito aqui apresentado é o de inovação disruptiva, do Prof. Clayton Christensen da Harvard Business School, que é um tema já bastante conhecido para quem acompanha as discussões no tema.

Além deste, para as próximas semanas já estão programadas postagens sobre:
  • Open Innovation
  • Long Tail
  • Crowdsourcing
  • Inovação na Base da Pirâmide
  • e outras...
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Mande sua sugestão sobre conceitos que gostaria de ver tratados nesta série e em breve este será postado aqui no labinove.

Até a próxima!

5 de out. de 2008

IBM's innovation JAM !

Começa hoje a edição de 2008 do IBM Innovation Jam, maior braistorm conhecido atualmente no mundo de negócios. A IBM vai colocar juntos, várias lideranças, pensadores e formadores de opinião de todas as partes do mundo para discutir o tema deste ano, "A empresa do futuro". Ao longo de três dias estes profissionais discutirão como as empresas adotarão novos modelos de negócio e novos modelos de colaboração que possam envolver seus clientes na criação de seus produtos, além de discutir como os mercados emergentes irão conformar a forma de se fazer negócios.
Na edição de 2006, a IBM investiu $100 milhões em negócios originados a partir das idéias construídas no innovation jam.
Estes eventos têm se mostrado tão eficazes que a IBM já criou uma unidade de negócios para ofertar este tipo de serviço para outras empresas, já tendo realizado jams para empresas como a Eli Lilly e Nokia.
Para quem quer conhecer com um pouco mais de detalhes como o innovation jam foi criado e como é realizado, um artigo da Sloan MIT, "An inside view of IBM's Innovation Jam".

Outro post interessante que dá um pouco mais de detalhes do que este que estou fazendo foi um feito no blog do Gerente de Novos Negócios da IBM, Cezar Taurion.

Até a próxima.

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